A cada dia que passa aumenta a angústia de todos os cearenses, que sonham há tempos com a instalação de uma usina siderúrgica no Porto do Pecém, obra capaz de gerar emprego e renda para nosso Estado, e melhorar a vida de muitos dos meus conterrâneos. Para se ter uma idéia, o investimento na siderúrgica acrescentaria ao PIB estadual Um bilhão de reais ao ano. Mas a todo o momento surgem novos empecilhos.
O último deles foi um ofício encaminhado ao Ministério Público Federal, em São Paulo, pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), questionando o projeto de construção da Ceara Steel. O grupo coreano Dongkuk, integrante do consórcio da Ceará Steel, tem a firmeza de que vai conseguir instalar a siderúrgica no Ceará num prazo “não muito longo”, segundo palavras do presidente da empresa, Yungil Mun, que esteve no Ceará participando de uma audiência pública sobre a Siderúrgica, na última terça (17), promovida pela Assembléia Legislativa do Estado.
Os investidores da Ceara Steel - Dongkuk, a italiana Danielli e a Companhia Vale do Rio Doce - esperam que as negociações encerrem-se ainda neste mês e que os detalhes formais do negócio sejam finalizados até maio. A estimativa foi feita pelo procurador da Ceara Steel, Ricardo Mesquita, que também participou da audiência pública.
O prazo limite está chegando. Tanto o Estado do Ceará quanto os investidores aguardam um posicionamento final da Petrobras e do Governo Federal. Mas enquanto as pendências não se resolvem, as obras do empreendimento contabilizam atraso de um ano e três meses.
Custa-me a crer que este imbróglio esteja acontecendo, principalmente porque a instalação da siderúrgica Ceará Stell foi uma das promessas de campanha do presidente Lula. E ele próprio a reforçou quando, já eleito e empossado, visitou o Ceará no início deste ano.
Inúmeros investimentos foram feitos na construção do Porto do Pecém. Um contrato foi assinado entre o Governo do Ceará e a Petrobrás para garantir o fornecimento de gás para a Siderúrgica. Todos os compromissos do Estado do Ceará foram cumpridos. Mais de R$ 166 milhões foram investidos no que se refere às contrapartidas aos incentivos fiscais. Mas até agora, após dezenas de reuniões, nada de concreto existe.
Essa situação é constrangedora para o País como um todo e ameaça manchar a nossa credibilidade no exterior, afinal, coreanos e italianos estão investindo no Nordeste com o fim claro de construir a Siderúrgica.
Toda a bancada cearense está unida nesta luta e em todas as lutas que signifiquem obter melhorias para nosso Estado. A situação é emergencial. O não fornecimento do gás inviabiliza o empreendimento. E faz com que milhares de pessoas, antes esperançosas e confiantes no Governo Lula, sintam-se desencantadas.
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quarta-feira, 25 de abril de 2007
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